key: cord-0761074-dn1ol6ds authors: Porto, Ana Paula M.; Moreira, Francisco Jadson Franco; Junior, Antonio Brazil Viana; C. das Dores, Camila Campos; Júnior, André R. Castro; Deulefeu, Flávio C.; Reis, Virgínia A.S.; Severino, Rafaela N.; Severino, Fernanda G.; Freitas, Francisco Aislan da Silva; Santos, Artur P.; Oliveira, Mayron F.; Neto, José Xavier; Sobrinho, Carlos Roberto M.R.; Holanda, Marcelo A. title: MORTALIDADE HOSPITALAR POR COVID-19 EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA NO NORDESTE BRASILEIRO: AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE 1A E 2A ONDAS date: 2022-01-31 journal: The Brazilian Journal of Infectious Diseases DOI: 10.1016/j.bjid.2021.101805 sha: 66434f0ee7558639ef4ed5739caed03f085667bf doc_id: 761074 cord_uid: dn1ol6ds Introdução/Objetivo O Brasil é o segundo país com mais mortes por COVID-19. Aqui descrevemos características clínicas e epidemiológicas e suas associações com óbito na 1ª e 2ª onda, em um hospital terciário dedicado ao tratamento de pacientes adultos com COVID-19 em Fortaleza (Ceará). Métodos Coorte retrospectiva de 2492 pacientes internados no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (HELV) com infecção confirmada por SARS-CoV-2 durante a 1ª (25/03 a 04/07/2020) e 2ª onda (01/01 a 13/04/2021). Dados foram extraídos de prontuários eletrônicos usando uma plataforma web padronizada (ResCOVID). Usamos regressão de Poisson para estimar fatores associados à mortalidade hospitalar em cada onda e o risco relativo de óbito ajustado por idade, sexo, comorbidade e marcadores à admissão hospitalar (relação SpO2/FiO2, suplementação de O2 e quick SOFA). Resultados 1039 pacientes morreram durante a internação. Houve uma redução significativa da mortalidade durante a 2ª onda (509/1405; 36,2%) em comparação à 1ª (530/1087; 48,8%), p < 0,001. Na 2ª onda observamos uma maior proporção de pacientes: sexo feminino (43,1 x 38,6%; p = 0.024), idade mais baixa (mediana: 56 x 64 anos; p < 0,001) e portadores de obesidade (30,4 x 23,4%; p < 0.001); porém uma menor prevalência de pacientes com pelo menos uma comorbidade (70,8 x 75,5%; p = 0.009). Idade mais baixa (30-39 anos: RR 0,66 [0,46-0,95], p = 0,024) e odinofagia foram associadas à redução de risco de mortalidade durante a 1ª onda e cefaleia (RR 0,87 [0,79-0,96] na 2ª. Encontramos associação entre risco aumentado de óbito e doença neurológica crônica na 1ª onda (RR 1,16 [1,01-1,33], p = 0,035) e falência renal aguda na 2ª onda (RR 1,13 [1,04-1,23], p = 0.004). Uso de ventilação mecânica invasiva (VMI) mostrou a mais forte associação com risco de óbito (1ª onda: RR 4,28 [2,86-6,41], p < 0.001; 2ª onda: RR 12,94 [3,4-49,12, p < 0,001). 89,2% (962/1075) dos pacientes em uso de VMI faleceram. O risco relativo reduzido de óbito na 2ª onda comparada à 1ª não persistiu após ajuste. Conclusão Coorte de pacientes com COVID-19 em um hospital terciário de referência no Nordeste brasileiro comparando 1ª e 2ª ondas evidenciou elevada mortalidade com diferenças nos fatores associados ao risco de óbito, e uso de VMI mostrou a maior associação nas duas ondas. A diferença encontrada no risco não ajustado de óbito entre as ondas não persistiu após ajuste para idade, sexo, comorbidades e marcadores de gravidade à admissão. Introdução: A necrose retiniana aguda (NRA) e uma doença ocular rara causada pela reativação de vírus, dentre eles o herpes-simples (HSV). A desregulação imune da COVID-19 pode ser um fator desencadeante para essa reativação de infecções latentes. Dentre as m ultiplas apresentações clínicas da doença, o acometimento ocular tem sido observado em uma parcela significativa dos pacientes com COVID-19. Estudo pr evio demonstrou que 31,6% dos pacientes acompanhados por COVID-19 possuíam manifestações oftalmol ogicas. Caso: Paciente do sexo feminino, de 61 anos, sem comorbidades, foi admitida em 2021 em Hospital, em Curitiba, por quadro de COVID-19 com necessidade de internamento. Aproximadamente 4 semanas ap os a admissão, paciente referiu diminuição da acuidade visual. A fundoscopia, apresentava descolamento de retina nasal e areas retinianas isquêmicas perif ericas em olho esquerdo, al em de turvação vítrea importante em ambos os olhos. A partir deste quadro clínico, foi proposto o diagn ostico de NRA. Investigação etiol ogica com realização de PCR de amostra vítrea detectou presença de DNA de HSV. A conduta terapêutica foi aciclovir endovenoso em dose de 10 mg/kg durante 10 dias, seguido de 800 mg via oral 5 vezes ao dia por 12 semanas. A paciente foi informada sobre o progn ostico visual reservado em olho esquerdo e orientada a realizar lubrificação ocular com colírio 4 vezes ao dia, bem como manter acompanhamento oftalmol ogico. Em retorno 3 meses ap os o quadro de NRA, paciente referiu melhora discreta da acuidade visual em olho esquerdo. Coment arios: A NRA e uma doença rara e grave, que pode ser causada por diversos vírus, dentre eles: herpes simples, No Brasil, milhares de profissionais de sa ude foram afastados das atividades por terem adquirido a infecção, e muitos morreram em consequência da COVID-19. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto da pandemia na rotina di aria, em relação ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPI`S) pelos profissionais de sa ude do Hospital Universit ario João de Barros Barreto/UFPA. M etodos: estudo observacional, descritivo, do tipo transversal; atrav es da aplicação de question ario presencial e online aos profissionais de Junho a Agosto/2021. Resultados: Foram entrevistados 218 profissionais de sa ude