Sísifo – Wikipédia, a enciclopédia livre Sísifo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa Sísifo, de Tiziano, 1549 Na mitologia grega, Sísifo (em grego: Σίσυφος, transl.: Sísyphos), filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete,[1] era considerado o mais astuto de todos os mortais. Foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois chamada Corinto,[2] onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha de Atlas, sendo pai de Glauco e avô de Belerofonte.[2] Índice 1 Família Paterna 2 A história de Sísifo 3 Trabalho de Sísifo 4 Ver também 5 Notas e referências 5.1 Notas 6 Referências Família Paterna[editar | editar código-fonte] Éolo foi um dos filhos de Heleno, filho de Deucalião, e reinou sobre a Tessália.[1] Enarate era filha de Deimachus.[1] Éolo e Enarete tiveram vários filhos: Creteu, Sísifo, Deioneu, Salmoneu, Atamante, Perieres, Cercafas e Magnes, e filhas, Calice, Peisidice, Perimele, Alcíone e Cânace.[1] A história de Sísifo[editar | editar código-fonte] Mestre da malícia e da felicidade, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses. Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou ...[Nota 1] e, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta.[3][4] Segundo Pausânias, ele tornou-se rei de Corinto após a partida de Jasão e Medeia; nesta versão, Medeia não matou os próprios filhos por vingança, mas escondeu-os no templo de Hera esperando que, com isso, eles se tornassem imortais.[5] Sísifo casou-se com Mérope, uma das sete Plêiades, tendo com ela um filho, Glauco.[2] Ele também teve outros filhos, Ornitião, Tersandro e Almus.[6] Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.[2][7] Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânato, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino. Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas. Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânato e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo. Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Outra história a respeito de Sísifo trata do ocorrido quando Autólico, o mais esperto e bem-sucedido ladrão da Grécia (que era filho de Hermes e vizinho de Sísifo), tentou roubar-lhe o gado. Autólico mudava a cor dos animais. As reses desapareciam sistematicamente sem que se encontrasse o menor sinal do ladrão, porém Sísifo começou a desconfiar de algo, pois o rebanho de Autólico aumentava à medida que o seu diminuía. Sísifo, um homem letrado (teria sido um dos primeiros gregos a dominar a escrita), teve a ideia de marcar os cascos de seus animais com sinais de modo que, à medida que a res se afastava do curral, aparecia no chão a frase "Autólico me roubou". Posteriormente, Sísifo e Autólico fizeram as pazes e se tornaram amigos. Sísifo também seduziu Anticleia, filha de Autólico, que mais tarde se casou com o rei de Ítaca, Laerte; por este motivo, Odisseu é considerado, por alguns autores, como filho de Sísifo.[8] Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Tício, Tântalo e Íxion. Sísifo recebeu esta punição: foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido.[3][9] Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e inevitavelmente fadados ao fracasso - algo como um infinito ciclo de esforços que, além de nunca levarem a nada útil ou proveitoso, também são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou recusa em fazê-lo. Trabalho de Sísifo[editar | editar código-fonte] Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia. Árvore genealógica baseada em Apolodoro (parcial): Éolo Enarete Atlas Pleione Sísifo Mérope Glauco Ver também[editar | editar código-fonte] O mito de Sísifo, livro de Albert Camus Lista de expressões idiomáticas de origem histórica ou mitológica Notas e referências[editar | editar código-fonte] Notas[editar | editar código-fonte] ↑ O texto de Higino não inclui a vingança Referências ↑ a b c d Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.7.3 ↑ a b c d Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.3 ↑ a b Higino, Fabulae, LX, Sísifo e Salmoneu ↑ Higino, Fabulae, CCXXXIX, Mães que mataram seus filhos ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.3.11 ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.4.3 ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 2.5.1 ↑ Higino, Fabulae, CCI, Autólico ↑ Odisséia, Livro XI v d e Mitologia grega Deuses(as) primordiais Áclis · Aion · Ananque · Caos · Chronos · Érebo · Éter · Euríbia · Fanes · Gaia · Hemera · Nesos · Nix · Ofíon · Óreas · Physis · Ponto · Tálassa · Tártaro · Urano Titãs Cronos · Ceos · Crio · Febe · Hiperião · Jápeto · Mnemosine · Oceano · Reia · Teia · Têmis · Tétis Segunda geração de titãs Astéria · Atlas · Astreu · Eos · Epimeteu · Hélio · Leto · Menoécio · Palas · Perses · Prometeu · Selene Deuses(as) olímpicos(as) Afrodite · Apolo · Ares · Ártemis · Atena · Deméter · Dioniso · Hades · Hefesto · Hera · Hermes · Héstia · Posídon · Zeus Deuses(as) menores Afrodito · Algea · Aglaia · Asclépio · Astreia · Até · Bia · Cadmo · Caronte · Cratos · Cefiso · Circe · Ênio · Éris · Eros · Eufrosina · Fântaso · Filotes · Geras · Harmonia · Hebe · Hécate · Hespérides · Hermafrodito · Hipnos · Ícelo · Íris · Macária · Maia · Melinoe · Momo · Morfeu · Moros · Nêmesis · Nereu · Nice · Nomos · Oizus · Pã · Perséfone · Perses · Priapo · Pluto · Psiquê · Quíron · Tália · Tânato · Tiquê · Hedonê · Zelo Deuses(as) aquáticos(as) Anfitrite · Aqueloo · Alfeu · Asopo · Caríbdis · Ceto · Cila · Egeão · Fórcis · Glauco · Hália · Nereidas · Nereu · Nérites · Palemon · 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